Hoje em dia, todo mundo pode gravar seu CD em casa não é? isso é ótimo não? democratiza os lançamentos...significa que o seu avô pode lançar seu primeiro trabalho, ainda que ele nunca tenha cantado ou tocado profissionalmente na vida. Assim, uma vez que o trabalho do seu avô esteja pronto, ele vai de uma forma ou de outra entrar no mercado do produto "musica".
Bem, amiguinhos, eu acho isso um autentico desastre! Porque? porque com a gravação digital, feita em computadores, perdeu-se um filtro natural que existia até o inicio da década de 90, ou seja, o sujeito pra gravar um disco, tinha que ter uma carreira anterior a esta gravação,ralar,tocar em roubadas as mais variáveis.
Se, de fato, a carreira musical fosse uma vontade concreta razoavelmente compativel com o talento do artista, este teria o ímpeto de continuar e prosseguir e com sorte, muita sorte, depois de uns 2 anos de ralação conseguiria gravar seu tao sonhado trabalho.
A principal vantagem desse processo "antiquado" é que assim, o mercado do produto "musica" fica muito mais desinchado, e só chega a gravar quem de fato tem algo a dizer, e quem de fato fez um longo aprendizado antes de se aventurar a gravar.
Alem disso, os cadernos culturais e revistas de musica em geral receberiam 50 vezes menos produtos gravados,o que tornaria muito mais factivel a audiçao de um novo trabalho.
Como é hoje em dia,o jornalista recebe 200 cds por semana, que evidentemente ele nunca irá escutar, com isso atrapalhando aqueles 15 a 20 caras ou moças,ou grupos que realmente tinham algo a dizer, mas que infelizmente, graças a democratica gravaçao digital, perderam-se no mar dos outros 180 aventureiros que gravaram tudo no pro tools!
Qualquer produto excessivamente produzido perde valor (considerando-se aqui excessivamente aquilo que é produzido acima da capacidade de demanda) e este é exatamente o caso com o produto "música".